A História do Motor Elétrico

Dentro de aparelhos ou totalmente expostos, os motores elétricos são os responsáveis por dar a vida a muitos dos equipamentos eletrônicos existentes em nosso dia a dia.

Em nossas casas, por exemplo, eles estão presentes nas geladeiras, máquinas de lavar roupa, secadoras, liquidificadores, entre outros. Já na indústria, podemos notar a presença desse importante componente em compressores, elevadores, misturadores, transportadores, bombas, e todo o tipo de maquinário. Até mesmo no transporte é possível encontrar os motores elétricos fazendo parte de nossa rotina como em bicicletas elétricas, veículos automotivos, barcos, entre outros.

No mundo em que vivemos, repleto de tecnologias, é muito difícil imaginar a vida longe dos motores elétricos e todas as facilidades que eles trouxeram para o nosso cotidiano.

Mas esse processo de transformação e evolução não ocorreu da noite para o dia. Para usufruirmos de todos os avanços tecnológicos existentes atualmente, tivemos que passar por um processo lento e gradativo de evolução.

Entre os primeiros estudos, pesquisas e invenções até o surgimento dos motores elétricos, em 1886, foram quase três séculos.

Como tudo começou

No ano de 1600, o cientista inglês William Gilbert publicou uma obra descrevendo a força de atração magnética. Em 1663, o alemão Otto Guericke, construiu a primeira máquina eletrostática que foi aperfeiçoada pelo suíço Martin Planta, em 1774.

Em 1786, o professor italiano de medicina Aloisio Galvani verificou que, ao tocar com seu bisturi em coxas de rãs, penduradas em uma grade de ferro, estas apresentavam uma contração, a qual chamou “eletricidade animal”.

Já, outro italiano, Alessandro Volta, descobriu que entre dois metais diferentes, imersos em líquido condutor, surgia uma tensão elétrica. No ano de 1799, ele desenvolveu uma fonte de energia chamada “coluna de Volta”, que podia fornecer corrente elétrica.

O primeiro passo em direção ao desenvolvimento do motor elétrico foi dado pelo físico dinamarquês Hans Christian Oersted, em 1820. Este verificou, por acaso, que a agulha magnética de uma bússola era desviada de sua posição norte-sul quando passava perto de um condutor no qual circulava corrente elétrica.

Com base nesses e outros estudos e constatações, o físico e matemático André-Marie Ampère, construiu o primeiro eletroímã, dispositivo fundamental para a invenção posterior de diversos aparelhos eletrônicos. E no ano de 1831, o inglês Michael Faraday descobriu a indução eletromagnética.

No ano de 1832 o cientista italiano S. Dal Negro construiu a primeira máquina de corrente alternada com movimento de vaivém, e em 1833 o inglês W. Ritchie inventou o comutador, construindo um pequeno motor elétrico em que o núcleo de ferro enrolado girava em torno de um ímã permanente.

Em 1838 o professor alemão Moritz Hermann Von Jacobi desenvolveu um motor elétrico e fez sua aplicação em uma lancha, onde ficou comprovada a prática da energia elétrica em trabalho mecânico, porém toda a energia era gerada por baterias caras e de uso restrito. Devido a isso, a preocupação voltou-se à geração de energia elétrica de baixo custo.

O eletrotécnico Werner Siemens, em 1856, relatou o sucesso obtido na construção de um gerador de corrente magnético, com induzido T duplo, porém esse aparelho não era capaz de gerar energia suficiente para alimentar indústrias e equipamentos domésticos, pois os ímãs permanentes eram de ação restrita.

Após 10 anos, em 1866, Werner Siemens conseguiu construir um gerador sem ímã permanente, onde a tensão necessária para o magnetismo era obtida através do próprio enrolamento do rotor. O primeiro dínamo criado por Werner Siemens possuía uma potência de aproximadamente 30 watts e uma rotação de 1.200 rpm. A máquina também podia funcionar como motor, desde que fosse aplicada uma corrente contínua aos seus bornes.

No ano de 1879, a empresa Siemens & Halske apresentou a primeira locomotiva elétrica, que possuía uma potência de 2kW. Porém a máquina, além de possuir um alto custo, era também vulnerável em serviço, o que exigia um motor mais barato, robusto e com um menor custo de manutenção.

Em 1885, o italiano Galileu Ferraris, engenheiro eletricista, construiu um motor de corrente alternada de duas fazes. E em 1887, o iugoslavo Nicola Tesla apresentou um pequeno protótipo de motor de indução bifásico com rotor em curto-circuito.

O engenheiro eletricista russo Michael Von Dolivo Dobrowolsky, em 1889, insistindo na pesquisa do motor de corrente alternada, entrou com pedido de patente de um motor trifásico com rotor de gaiola. O equipamento era simples, silencioso, tinha menos manutenção e alta segurança em operação. Em 1891 deu-se início a fabricação em série de motores assíncronos, mas potências de 0,4 a 7,5 kW, por Dobrowolsky.

Redimensionamento de Motores Elétricos com Foco em Eficiência Energética
A conclusão

Podemos verificar que, ao longo de todos esses anos, cientistas, físicos, engenheiros e outros profissionais, nem sempre ligados à ciência, puderam contribuir para a descoberta do motor elétrico, acelerando assim a industrialização mundial e transformando o modo de vida das pessoas.

Saiba como a substituição dos motores elétricos antigos, por modelos mais eficientes, pode contribuir com a industria brasileira.

Fonte extraída e adaptada de : http://museuweg.net/blog/a-historia-do-motor-eletrico/