Fazer mais com menos energia. Essa é a premissa básica da eficiência energética, uma atividade sustentável que consiste em utilizar os recursos naturais de forma eficiente e, por consequência, economizar. Sabe aquela história do custo-benefício? É justamente esse raciocínio que está associado à eficiência energética, já que a médio e longo prazo o investimento em novos equipamentos oferece mais retorno aos empresários e ao próprio consumidor comum.
Não bastasse o ganho econômico, a atividade ainda se apresenta como a fonte de energia mais limpa que existe.
– Mais limpa porque é uma energia que se deixa de produzir – justifica Leandro Ávila da Silva, chefe do Centro de Negócios de Eficiência Energética da WEG Equipamentos Elétricos.
Mas como é possível colocar a ideia da eficiência energética em prática? Na indústria, a substituição de motores elétricos – responsáveis pelo consumo de 68% da energia elétrica do setor – por equipamentos que apresentem maior nível de eficiência pode ser uma forma inteligente de melhor utilizar as fontes de energia.
Já em casa, a troca de lâmpadas incandescentes por lâmpadas de led ou ainda a compra de eletrodomésticos com o selo Procel configuram outros exemplos que já geram resultados no Brasil. Para se ter uma ideia, ainda que as lâmpadas de led sejam um pouco mais caras em comparação às demais, a redução final na conta pode chegar a 53 Watts por hora ou quase 90% de economia, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco).
É por isso que o custo de aquisição não pode ser levado como parâmetro.
– Podemos comprar um equipamento mais barato, mas ao longo de sua vida útil ele consumirá muito mais energia do que um equipamento eficiente. É um mau negócio frente aos crescentes custos de energia elétrica no País – ressalta Leandro.
Quando analisada pelo viés da indústria, a eficiência energética ganha contornos ainda mais expressivos. Isso porque além de diminuir o consumo de energia e reduzir os impactos ambientais, a prática gera mais competitividade e produtividade no setor.
– Solucionar problemas que hoje fazem a indústria gastar mais energia do que o necessário permite liberar este excedente ao sistema, evitando a necessidade de ampliação da produção de energia mesmo com o crescimento da demanda – finaliza o chefe do Centro de Negócios de Eficiência Energética da WEG.
Mais eficiência para a sua indústria
Você sabia que anualmente 10% de toda a energia gerada no Brasil é desperdiçada? Conforme a Abesco, esse montante seria capaz de abastecer estados como Rio de Janeiro e Ceará por um ano ou ainda compensar o aumento da demanda nacional por 48 meses. É nesse contexto que a indústria pode fazer a diferença e investir em motores elétricos que apresentem um maior nível de eficiência.
Essa mudança, aliás, passa a ser exigida em lei para aquisição de novas máquinas. A portaria publicada em junho de 2017 (e válida a partir de agosto de 2019) define o nível aceitável aos motores trifásicos – considerados os vilões do consumo – como IR3 e amplia a faixa de potências que devem se enquadrar de 1 a 250 cv para 0,16 a 500 cv. Na prática, a exigência aumenta o nível mínimo de eficiência para esses equipamentos e contribui para reduzir o cenário do desperdício de energia.
Mesmo que a data limite para se adaptar às adequações ocorra só dentro de cinco meses, a WEG Equipamentos Elétricos se antecipa e já oferece há anos motores acima dos padrões de mercado e que minimizam consideravelmente os custos operacionais da indústria.
– Desenvolvemos equipamentos que atendem e superam as legislações mundiais e que estão baseados em três soluções: substituição de motores ineficientes, redimensionamento desses equipamentos e automação de processo. – explica Leandro Ávila Silva.
A inserção desses equipamentos no mercado, portanto, gera uma economia que representa um acréscimo na energia disponível no país e posterga a necessidade de novas gerações. Vale lembrar que com a nova definição, o Brasil passa a ser um dos pioneiros na adoção de um nível mínimo de rendimento para motores trifásicos fracionários, junto a países como os Estados Unidos e Canadá.
Cobre e eficiência energética: conectados em nome da sustentabilidade
Por ser considerado um dos melhores condutores de energia e um dos únicos metais 100% recicláveis, o cobre contribui para melhorar a performance dos equipamentos elétricos e atua diretamente na proteção do meio ambiente. Para se ter uma ideia do seu impacto em nossa rotina, ele pode ser encontrado nas edificações, em objetos tecnológicos, nos meios de transporte e, claro nas indústrias.
Na esteira desse processo, o Instituto Brasileiro do Cobre (Procobre), membro da International Copper Alliance (ICA), incentiva a aplicação do material em diversos cenários. Prova disso é a presença do cobre nos motores elétricos e em sistemas de energia renováveis como solar, hidroelétrica, térmica e eólica. Essa conjuntura faz com que a entidade sem fins lucrativos atenda às preocupações da agenda global de sustentabilidade.
Atenta às inovações no que tange à aplicação do cobre, a Procobre também procura fomentar o investimento das indústrias em projetos de eficiência energética, sempre levando em consideração o custo-benefício e a otimização dos processos. Afinal, ainda que a preocupação com o meio ambiente seja uma importante bandeira a ser levantada, o setor também precisa de resultados e apostas cada vez mais assertivas.
Impactos sociais, econômicos e ambientais
Após realizar um amplo estudo sobre o potencial de desenvolvimento proporcionado pela eficiência energética no mundo, a Agência Internacional de Energia – International Energy Agency (IEA), observou que os projetos de eficiência são capazes de proporcionar impactos sociais, econômicos e ambientais em todo o planeta e nomeou esse conjunto de múltiplos benefícios. Segundo a entidade, a eficiência energética contribui para a melhora ou redução de pontos como:
● Custo e economia de energia;
● Produção industrial;
● Poluição do ar local;
● Orçamento público;
● Gerenciamento de recursos;
● Emissão dos gases do efeito estufa;
● Saúde e bem estar.
Publicado em 2014, a pesquisa Capturing the Multiple Benefits of Energy Efficiency ainda indicou que o valor da produtividade industrial e dos benefícios operacionais derivados da eficiência energética podem ser até 2,5 vezes maior do que o valor da própria economia de energia (que também já é considerável).
Fonte extraída de g1.globo.com