Energias Renováveis – Uma Aposta de Combate ao Desemprego

De acordo com dados do IBGE, referentes ao 2º trimestre de 2018, atualmente existe no Brasil, aproximadamente, 13 milhões de desempregados.

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Frente à esta situação, campanhas do governo acreditam que, incentivar as energias renováveis possa ser uma resposta para combater o desemprego. A campanha promete ainda criar um programa em massa para instalação de unidades de geração de energia solar fotovoltaica, distribuídas nas cidades mais vulneráveis.

Dados de mercado

A indústria criou mais de 500 mil novos empregos em todo o mundo no ano de 2017. No setor de energias renováveis, incluindo as grandes hidrelétricas, foram empregadas mais de 10 milhões de pessoas.

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Conforme a Agencia Internacional de Energia Renovável (Irena), China, Brasil, Estados Unidos, Índia Alemanha e Japão continuam sendo os maiores empregadores de energia renovável no mundo, representando mais de 70% desses empregos. Brasil é o segundo país que mais cria empregos no setor de energias renováveis, estando atrás da China.  No ano de 2017, o Brasil chegou a empregar 1,7 milhão de trabalhadores, direta e indiretamente.

De acordo com Adnan Z. Amin, Diretor Geral da IRENA, “A queda dos custos e políticas facilitadoras têm impulsionado o investimento e, por consequência, os empregos em energias renováveis em todo o mundo desde a primeira avaliação anual da IRENA em 2012, quando pouco mais de cinco milhões de pessoas trabalhavam no setor”. “Nos últimos quatro anos, por exemplo, o número de empregos nos setores solar e eólico mais do que dobrou. As energias renováveis estão apoiando diretamente objetivos socioeconômicos mais amplos, com a geração de empregos cada vez mais reconhecida como um componente central da transição energética global. À medida que a balança continua a pender em favor das energias renováveis, esperamos que o número de pessoas trabalhando no setor possa chegar a 24 milhões até 2030, mais do que compensando as perdas de postos de trabalho com combustíveis fósseis e se tornando um grande motor de desenvolvimento econômico em todo o mundo”, acrescentou.

O Brasil, a China, os Estados Unidos e a Índia também se revelaram mercados-chave de bioenergia, com os biocombustíveis respondendo por 1,7 milhão de empregos, a biomassa por 700 mil e o biogás 300 mil.

No Brasil

Há uma previsão do Ministério de Minas e Energia que o plano de implementação do RenovaBio (programa de recolocação de biocombustíveis a matriz energética brasileira) poderá gerar 1,4 milhão de empregos até o ano de 2030.

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Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnal) trimestral, divulgada em 16 de agosto de 2018 pelo IBGE, há falta de trabalho para 27,6 milhões de brasileiros. Além dos 13 milhões de desempregados citados no início deste artigo, o montante inclui 6,5 milhões de subocupados (aqueles que trabalham menos de 40 horas semanais) e 8,1 milhões de pessoas que poderiam trabalhar, mas não o fazem. O último grupo inclui 4,8 milhões de desalentados brasileiros que desistiram de procurar emprego e outras 3,3 milhões de pessoas que podem trabalhar, mas que por algum motivo, não possuem disponibilidade.

Fontes consultadas:  http://www.irena.org/publications/2018/May/Renewable-Energy-and-Jobs-Annual-Review-2018 ; http://envolverde.cartacapital.com.br/energias-renovaveis-empregam-98-milhoes-de-pessoas-no-mundo/ ; https://www.huffpostbrasil.com/2018/08/26/marina-silva-aposta-em-energias-renovaveis-para-combater-desemprego_a_23503705/