Veja como as tecnologias digitais ajudam indústrias a reduzir o consumo de energia e automatizar processos
Engana-se quem pensa que a Indústria 4.0 é para poucos. Pelo contrário. É um movimento universal que se consolida na profunda transformação das empresas por meio de tecnologias como internet das coisas, big data e inteligência artificial.
Importantes entidades como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) afirmam que a quarta revolução industrial se apresenta como uma chance urgente de crescimento do Brasil e da redução da nossa distância em relação às nações desenvolvidas – especialmente após o período de recessão.
Mas qual é o segredo da indústria 4.0? O que existe por trás desse sistema e o que faz dele tão essencial à sobrevivência das companhias? É que o conjunto das tecnologias digitais desenvolvidos pela quarta revolução industrial busca a otimização dos processos, redução de energia despendida e a tomada de decisões mais assertivas. Ou seja, qualifica o trabalho final e reduz custos, um resultado que qualquer gestor almeja.
Para se ter uma ideia, segundo o levantamento da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), a estimativa anual de redução de custos industriais no Brasil, a partir da migração da indústria para o conceito 4.0, será de, no mínimo, R$73 bilhões por ano. Desse montante, R$34 bilhões se referem à redução de custos de manutenção de máquina e R$7 bilhões estão ligados à economia de energia.
O que se pode tirar disso? Que a eficiência energética é uma das grandes aliadas da indústria 4.0. Afinal seu objetivo também está baseado na transformação das plantas fabris através da economia de energia e da menor utilização dos recursos naturais.
Conforme Glycon Garcia, diretor executivo do Instituto Brasileiro do Cobre (Procobre), as soluções técnicas da indústria 4.0 aprofunda sua maturidade ao conectar automação com monitoramento rotineiro e coleta de dados de interesse para diagnóstico de comportamento.
– Essas aplicações podem ser amplamente utilizadas na gestão de energia para determinar a capacidade produtiva e ociosa de um determinado equipamento ou sua necessidade de troca e manutenção, por exemplo – esclarece.
Fábricas inteligentes consomem menos energia
Especialmente no que se refere ao consumo de energia, a Indústria 4.0 tem no ganho de eficiência energética um de seus principais benefícios. Segundo informações apontadas no 7º Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria, 42% da energia consumida no setor é desperdiçada em problemas como perda de calor e iluminação insuficiente.
Sensores instalados em máquinas por meio da internet das coisas, por exemplo, permitem identificar desvios no consumo e, assim, evitam que a energia seja desperdiçada. Conforme o Senai, as fábricas inteligentes baseadas no conceito 4.0 também terão condições de diminuir o consumo de energia em até 20%.
O conceito da nova indústria, porém, vai além. Ela busca não somente aprimorar os processos de produção, mas também trazer soluções para problemas ambientais, melhorar a qualidade do ambiente de trabalho e, principalmente, diminuir o consumo de recursos.
Revolução 4.0: o que já pode ser feito
A Quarta Revolução Industrial exigirá das empresas – independentemente do porte e do meio de atuação – adaptações consistentes para não se tornarem obsoletas e se manterem ativas no mercado.
Dentre as ações que já podem ser adotadas pelos gestores para uma migração gradativa está o investimento em novas tecnologias.
A WEG Equipamentos Elétricos apresenta em seu o portfólio o WEG Motor Scan, equipamento que monitora a integridade de motores elétricos para garantir a eficiência e prevenir paradas súbitas de produção. Esse processo acontece por meio de um sensor que capta os dados do motor e envia as informações para o smartphone ou tablet por meio de um aplicativo.
Trata-se de uma tecnologia alinhada ao conceito 4.0, já que preserva a vida útil das máquinas e que permite maior controle e integração dos processos produtivos.
De acordo com o Senai, outra maneira de migrar para a indústria 4.0 é investir em uma produção mais limpa, ou seja, em processos que utilizem menos recursos naturais.
Adquirir produtos e sistemas que tenham o cobre como principal matéria prima, nesse contexto, se coloca como uma decisão acertada. Segundo dados do Instituto Brasileiro do Cobre (Procobre), o metal é o segundo melhor condutor de energia (fica atrás apenas da prata) e é um dos únicos 100% recicláveis – ou seja, apresenta maior custo-benefício. É por isso que seu desempenho em um sistema de energia solar, por exemplo, chega a ser até seis vezes maior do que a dos combustíveis fósseis.
O investimento neste metal, portanto, está conectado a duas premissas básicas da indústria 4.0: mais eficiência e maior cuidado com o meio ambiente.
A indústria 4.0 e a eficiência energética já são realidades no Brasil.