Aumentar a produção de energia para atender à demanda custa mais caro, diz estudo
Debates sobre a existência ou não do aquecimento global e a necessidade de fontes de energia limpa muitas vezes empacam na disputa ideológica ou em interesses econômicos. Mas números são mais difíceis de contestar. Um estudo do Conselho Americano para uma Economia de Eficiência Energética (Aceee, na sigla em inglês) avaliou programas dessa área em 20 Estados americanos entre 2009 e 2012 e concluiu: aumentar a produção de energia para atender a demanda custa muito mais caro do que adotar programas de eficiência energética.
Entidade sem fins lucrativos criada por empresas, fundações e laboratórios de pesquisas, o Aceee descobriu que programas de eficiência energética conseguiram reduzir o custo da energia em US$ 0,03 por kWh, enquanto a geração da mesma quantidade de energia por fontes como combustíveis fósseis pode custar três vezes mais. “Por que construir grandes usinas quando a eficiência dá mais valor ao nosso dinheiro?” A pergunta é do diretor do Aceee, Steven Nadel, que responde: “A energia mais barata é a aquela que você não precisa produzir em primeiro lugar.”
Poupar gás natural nesses programas também é vantajoso. Segundo o estudo, em 2013 o preço médio de uma unidade de calor (therm) produzida por gás foi de US$ 0,49, enquanto os equipamentos com eficiência energética apresentavam um custo de US$ 0,35 por unidade de calor. Além da economia, o Aceee afirma que a eficiência energética reduz custos em picos de consumo (como durante ondas de calor) e gera menos poluição.
Conversão de energia
Seguindo a tendência global de substituição de motores industriais obsoletos e ineficientes por sistemas elétricos avançados, a GE aderiu à eficiência energética com o lançamento de sua unidade de Power Conversion, cujas tecnologias para controles de processos, sistemas de automação e eletrônica de alta eficiência para energia, motores e geradores permitem às empresas melhorias de eficiência operacional e de produtividade.
Aproximadamente 25% da eletricidade produzida no mundo é utilizada para alimentar motores elétricos em uma ampla gama de aplicações industriais. As soluções da GE poderão auxiliar na melhoria da eficiência energética em 30%, trazendo com isso uma redução no consumo de eletricidade, na intensidade de energia e nas emissões de gás de efeito estufa.
Fonte: Revista Galileu