O governador Raimundo Colombo e o presidente da Celesc, Cleverson Siewert, lançaram na última sexta-feira (21 de julho), em Florianópolis, a nova edição do Programa de Eficiência Energética e de Pesquisa e Desenvolvimento, que contemplam projetos selecionados por chamadas públicas. Nos próximos dois anos, a Celesc vai investir R$ 41,6 milhões em 22 projetos. Os recursos financiam projetos em indústrias, prefeituras, entidades e universidades e devem promover o uso eficiente e racional de energia elétrica, estimulando novas tecnologias e bons hábitos de consumo.
“O programa tem um grande impacto. Orienta os participantes a produzir e trocar equipamentos que usem energia com menor custo e aumentem a eficiência. Com isso, conseguimos diminuir os gastos com o setor de energia, que é muito alto, e aumentamos a competitividade, tanto das nossas indústrias como de instituições. Estamos passando por uma crise e temos que ser fortes e maiores que ela para proteger quem precisa e depende de nós. E a busca por resultados positivos também passa pela questão energética”, disse o governador.
Os projetos foram selecionados pela empresa a partir de chamadas públicas realizadas em 2016, abertas à comunidade, indústria, comércio, universidade, centros de pesquisas e poder público. Um total de 80 projetos foram apresentados, sendo 43 para pesquisa e desenvolvimento e 37 para eficiência energética. Destes, 22 foram selecionados.
Na área de Pesquisa e Desenvolvimento, nove dos projetos apresentados foram selecionados e passam, agora, por aprovação para sua execução. Para esses projetos, a Celesc tem reservados R$ 26.615.041,62. Na área de Eficiência Energética, os projetos estão sendo avaliados para comprovação do diagnóstico energético apresentado. Após a aprovação, eles estarão aptos para serem executados. Os 13 projetos selecionados representam investimento de R$ 14.137.658,30.
Ainda na sexta-feira, quatro dos 22 selecionados assinaram o convênio para execução. Eles são das universidades Unesc, de Criciúma, Univille, de Joinville, Univali, de Itajaí, além da Companhia Canoinhas de Papel. Os projetos das três universidades vão viabilizar a substituição de lâmpadas fluorescentes por lâmpadas LED e aparelhos de ar-condicionado antigos por modelos novos e mais eficientes, além da instalação de sistemas fotovoltaicos para geração de energia. A Companhia Canoinhas vai poder eficientizar motores elétricos, inversores e quadros de comando.
“Vamos diminuir o consumo por parte de algumas indústrias e instituições e também gerar o desenvolvimento de novas tecnologias, com o objetivo de atender cada vez melhor a sociedade”, destacou o presidente da Celesc.
Siewert falou ainda sobre o mais novo projeto da Celesc, o Bônus Eficiente Linha Motores, que tem previsão de início nos próximos 60 dias e dará descontos para indústrias que quiserem investir em eficiência energética, injetando R$ 7 milhões na economia de Santa Catarina. De acordo com o presidente, além de cumprir seu papel frente às regras da Aneel, a Celesc reforça uma de suas características, a de se preocupar com o desenvolvimento sustentável do setor.
Resultados
O Programa de Eficiência Energética iniciou em 1999, executou 126 projetos, com investimento total de mais de R$ 300 milhões beneficiando mais de 200 mil famílias, alcançando 80 MW de redução de demanda na ponta e 1.420 GWh de economia, energia suficiente para atender o consumo de 590 mil residências ou o consumo mensal do município de Joinville.
O Programa de Pesquisa e Desenvolvimento, iniciado também em 1999, investiu mais de R$ 105 milhões até o momento, com mais de 170 projetos executados.
Fonte: http://www.jornalcorreiodonorte.com.br
A eficiência energética é uma ação de inteligência dos gestores de qualquer instituição, sobretudo para aquelas classificadas como eletro-intensivas. Já sobejamente comprovado que é muito mais baratos investir nessa área do que aumentar a capacidade do sistema gerar energia. É o chamado custo marginal. Mas, lamentavelmente, o que predomina é a eterna miopia que impede de que o óbvio seja enxergado. Com o crescimento das Ongs e também a exigência de elaboração dos Relatórios de Impacto Ambiental(RIMA) e da consequência licença para instalação etc pelos órgãos ambientais, os custos, antes negligenciados para apuração do preço final da geração da energia das hidroelétricas aumentou consideravelmente. Portanto, como a nossa matriz tem a predominância das fontes renováveis hídricas é mister que a sociedade, como um todo, tenha postura de usar com a máxima eficiência a energia elétrica disponível, como produto final.O meio ambiente e as gerações futuras ficam, eternamente agradecidos.