Diminuição de consumo de energia elétrica e redução de emissão de gases poluentes explicam por que as ações de eficiência contribuem para minimizar problemas ambientais
Secas intensas, elevação do nível dos oceanos e maior incidência de desastres naturais são apenas uma amostra do que as mudanças climáticas têm provocado no planeta. Ainda que o assunto seja amplamente discutido entre ambientalistas, será necessária cada vez mais a contribuição da população para amenizar – ou no mínimo retardar – os reflexos desses fenômenos e garantir o equilíbrio sustentável da natureza.
Mas como cada um pode fazer a sua parte? A adoção da eficiência energética está entre as alternativas sugeridas por entidades mundiais como a Organização das Nações Unidas (ONU) e a World Wide Fund for Nature (WWF) para melhor utilizar os recursos naturais e evitar danos.
Isso porque ser energeticamente eficiente é obter o mesmo o serviço (como iluminar ou resfriar um ambiente) usando menos energia. Nas residências, a substituição de lâmpadas convencionais pelo tipo LED ou a compra de eletrodomésticos com o selo Procel de economia são algumas ações que, no médio e longo prazo, ajudam a combater as mudanças climáticas.
Já na indústria, uma série de medidas com reflexos mais expressivos podem ser tomadas. A primeira delas (e uma das mais necessárias) é a substituição de motores elétricos antigos por equipamentos de alta eficiência. Considerados os vilões do consumo, esses motores chegam a absorver até 40% da energia do planeta. No Brasil, a WEG Equipamentos Elétricos oferece máquinas que consomem menos e têm potencial de diminuir mais da metade do consumo de energia elétrica do setor.
Os motores elétricos com altos níveis de eficiência também apresentam maior vida útil em comparação aos demais equipamentos, característica que vai ao encontro da gestão energética, sistema que prioriza a menor utilização dos recursos naturais por meio do controle de consumo.
Os resultados desse conjunto de medidas já começaram a ser mensurados. Conforme a ONU, ao adotar a eficiência energética, a sociedade e o universo corporativo evita que 1,2 bilhão de toneladas de CO2 sejam lançados na atmosfera todos os anos.
Mas os impactos ambientais podem ser ainda mais expressivos. A pesquisa Capturing the Multiple Benefits of Energy Efficiency, publicada pela Agência Internacional de Energia (IEA), indica que as medidas de eficiência também podem adiar o aumento de 2°C da temperatura global até 2050. Parece pouco, mas, de acordo com a WWF, esse acréscimo é capaz de gerar consequências como a perda de habitats naturais e de espécies, a diminuição de calotas polares e o consequente aumento do nível do mar, secas, chuvas, inundações e tempestades severas, além de uma ameaça direta aos ecossistemas naturais e áreas urbanas rurais.
Em resumo, portanto, a eficiência energética contribui para o futuro da humanidade, já que reduz a emissão dos gases do efeito estufa, também conhecidos como GEE, os maiores causadores da elevação da temperatura do planeta e das tragédias ambientais.
ONU quer dobrar a taxa global de eficiência
As mudanças climáticas não podem ser evitadas, mas a velocidade e a intensidade com que ocorrem, sim. É pensando nisso que a ONU busca dobrar a taxa global de melhora de eficiência até 2030, justamente porque entende a prática como um dos principais pilares para gerar energia sustentável e, por consequência, ajudar os países a minimizarem os preocupantes reflexos do aquecimento global.
No Brasil, a meta estabelecida após a participação no Acordo de Paris, de 2016, consiste em encolher o consumo de energia elétrica em 10% e ainda reduzir os gases poluentes em 43%. O acordo foi organizado pela ONU após mais de duas décadas de debates e negociações na Conferência Anual das Partes (COP) sobre Mudança do Clima, realizada em Paris.
Parceira da ONU há duas décadas, a Associação Internacional do Cobre (ICA) desempenha um papel de extrema importância na busca por mais eficiência. Além de ter suas ações e projetos alinhados com os objetivos globais das Nações Unidas, a entidade também participa desde 2005 da COP, encontro onde assume compromissos e reforça sua posição na busca pela redução dos danos ambientais.
Atualmente, o principal programa da ICA em parceria com a ONU é o SEforALL Energy Efficiency Accelerator, U4E, uma iniciativa que promove a transformação de mercados de países em desenvolvimento por meio da eficiência energética. O trabalho consiste em oferecer assistência personalizada aos governos para que apliquem estratégias nacionais e regionais com o objetivo de alcançar o desenvolvimento sustentável. O projeto, assim como a parceria ICA-ONU, acredita que tornar os mercados globais energeticamente eficientes gera uma economia significativa e a consequente redução de 10% no consumo global de eletricidade.
Reflexos na economia
Quando o assunto é eficiência energética, não só o meio ambiente, mas a economia também agradece. O mesmo estudo da ONU que indicou redução de 1,2 bilhão de toneladas de CO2 com a maior utilização da eficiência energética também calculou a contenção de US$ 500 bilhões em geração de energia. E não para por aí. Um relatório desenvolvido no Reino Unido em 2006 indicou que as alterações no clima podem causar impactos que afetam de 20% a 25% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. Ou seja, se nenhum esforço for feito, o ritmo de ocorrência dessas mudanças impedirá que países em desenvolvimento se adaptem às mudanças, o que pode gerar enormes fluxos migratórios e prejuízos imensuráveis para o planeta.
Notícia extraída do Portal G1: https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/especial-publicitario/procobre/eficiencia-energetica-na-industria/noticia/2019/07/16/entenda-como-a-eficiencia-energetica-pode-ajudar-no-combate-as-mudancas-climaticas.ghtml