Uma das novas casas do bairro de Santana, zona norte de São Paulo, é essencialmente distinta das suas vizinhas. E não são motivos decorativos ou arquitetura que fazem dela especial e sim toda a sua infraestrutura. Trata-se do primeiro projeto brasileiro exclusivamente dedicado a colocar em prática em uma casa tecnologias de sustentabilidade. Detalhe, a casa é um modelo vivo e se tornou endereço residencial do engenheiro João Barassal e sua família.
Barassal é diretor executivo da Smart Eco House do Brasil, responsável pelo projeto e que contou com a parceria de 55 empresas dos mais diversos segmentos para tirar a casa autônoma do papel.
Ali, Barassal verifica os resultados reais da aplicação de soluções sustentáveis e calcula os custos reais da implantação dessas soluções. A ideia é que a mesma infraestrutura seja aplicada em outras residências.
“Para sobrevivermos no futuro precisamos preservar os recursos naturais hoje e por isso criamos um modelo sustentável eficaz para reaplicação em outras residências, estabelecimentos comerciais, agências bancárias, condomínios, datacenters e até cidades inteligentes”, ressalta Barassal.
Segundo ele, uma casa com recursos sustentáveis custa em média 40% a mais num primeiro momento. A economia vem depois. “Em poucos anos este valor se paga e ainda gera recursos financeiros permanentes com a economia de energia limpa”, defende.
Em termos de consumo de energia elétrica, a casa gasta em média 110KW/h mês, porém produz em média 470 KW/h mês de energia On Grid e 520 KW/h mês de energia Off Grid.
A energia On Grid excedente produzida na casa é vendida para concessionária de energia e a Off Grid gera e armazena em baterias para uso posterior em equipamentos da casa.
A casa também conta com um gerador eólico que abastece a maioria dos equipamentos eletrônicos utilizados na casa, incluindo o datacenter e garante ainda 8 horas ininterruptas de luz em caso de falta de energia.
Dessa forma é possível saber o que foi gasto e economizado e calcular o payback de cada uma das tecnologias instaladas em uma aplicação real.
Lar, conectado lar
Impossível tornar inteligente uma casa sem mencionar a sua predisposição para sensores ou Internet das Coisas.
A casa de Santana possui equipamentos smarts de última geração, reconhece e conversa com os seus moradores, através do aplicativo Smart Voice, desenvolvido pela Smart Eco House do Brasil.
Através do app é possível controlar a produção de energia, evitando desperdícios, informando anormalidades e acionando comandos de energia e segurança em casos de necessidades. Com o acesso remoto integrado a todos os comandos da casa é possível controlá-la de qualquer lugar do mundo.
O sistema de controle de acesso à casa se dá por Biometria Facial. Câmeras remotas e sensores inteligentes são responsáveis pela segurança da casa. E um algoritmo de inteligência artificial permite que o sistema da casa aprenda comandos, com programação na nuvem.