Relatório da BNEF (Bloomberg New Energy Finance), divulgado recentemente, apresentou estimativas em torno do cenário de geração de energia para 2050. A empresa acredita que, em apenas 33 anos, metade de toda a geração mundial será de energia renovável. Um dos grandes fatores para chegarmos a 50% de renováveis é a grande queda nos custos de baterias e sistemas fotovoltaico (solar) e eólico — métodos que já seriam mais baratos do que construir usinas fósseis.
Com relação às baterias com preços em queda, elas também serão chave para o novo cenário previsto, inclusive tornando os veículos elétricos muito mais acessíveis, segundo dados da Pesquisa.
Aqui no Brasil essa realidade, já pode ser vista principalmente nas instalações de energia fotovoltaica. Somente nos últimos 5 anos, a quantidade de sistemas para microgeração de energia aumentou de 23 mil para 31 mil novas instalações, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Outro aspecto relevante é que 2/3 destas instalações foram realizadas por consumidores residenciais, que encontraram no sistema solar fotovoltaico uma alternativa viável para driblar os elevados custos da energia elétrica.
Além dos aspectos positivos para o mercado de energia renovável no mundo, revelados pela pesquisa do BNEF, as previsões para energia solar no Brasil são promissoras. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) contribui para o crescimento do setor ao criar uma linha de empréstimo para pessoas físicas interessadas em possuir um sistema de microgeração de energia solar. O empréstimo tem taxas que variam de 4,03% e 4,55% ao ano e prazo de carência de 3 a 24 meses, além de 12 anos para pagar.
Sobre a eletricidade gerada por energia nuclear, o relatório da BNEF não projeta um longo futuro. Todas essas previsões não levam em conta certas barreiras, principalmente a forma como o assunto será administrado no âmbito político. No entanto, os resultados da BNEF casam muito bem com os de outra pesquisa, divulgada no ano passado pela Agência Internacional de Energia, no qual revela que em 2040 teremos 40% de geração renovável, graças ao crescimento da fotovoltaica e eólica na China e na Índia.
Enquanto isso, em nosso país tropical, onde a irradiação solar favorece a produção de energia elétrica fotovoltaica e os ventos sopram de norte a sul, contribuindo para o crescimento da energia eólica, vale a pena continuar investindo em políticas de incentivo para que o Brasil se torne um grande exemplo de geração de energia sustentável.
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Fontes consultadas:
- bnef.com
- absolar.org.br
- bndes.gov.br